terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tempos depois...

Nesses muitos dias que passei sem dar as caras ao meu próprio blog, coisas loucas rolaram pela vida estranha.
Pessoas surtadas, coisas da UFPa, muito trabalho e uma vontade infinita de dormir até 2011...
Mas nem tudo foi tão ruim quanto parece, a vida fica bonita quando conhecemos peossas novas e engraçadas que nos levam para lugares estranhos e calmos onde você pode ser qualquer coisa que desejar.
Ainda tenho que contar sobre um ótimo livro que terminei mês passado "A Jóia de Medina", sobre a vida de Maomé e suas esposas. Já estou em outro, a famosa vida da família portuguesa "Os Maias" do Eça de Quirós...
Também rolaram coisas familiares, o Lucas já tem dez meses e parou de chorar no meu colo, agora ele até me abraça... rsrs

Enfim pessoas, muitas coisas a dizer sobre os dias de silêncio. Então para começar, letra do Los Hermanos, para criar o clima para o tópico "pessoas surtadas". rsrs

Até!

Um Par  - Los Hermanos
Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter

Deixa de gostar
Larga a mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou

Dê motivo pra outra vez acreditar
Na cascata da vez
Que você comprou assim zero mais dez
Um presente pra mim
Mas se eu perguntar
De onde veio esse agrado
Você vai gritar
Diz que é homem feito sei não
Ah faça-me o favor

Diga ao menos o que foi
E se eu faltei em te explicar
Diz que a gente sempre foi
Um par

Sai domingo diz que é o dia de jogar
Mas que jogo eu não sei
Fica até segunda o dia clarear
E troféu não se vê

Entra sem falar
Sai correndo e volta outra vez
Sem cumprimentar
Nem parece aquele
Eu rezo a Deus no céu
Alguém no chão
Diga-me o que foi
Que eu deixei faltar
O que eu não consigo entender
Como é que um filho meu é tão diferente assim
De mim
Me faz entender...

http://www.vagalume.com.br/los-hermanos/um-par.html#ixzz16lsxzQFK

domingo, 29 de agosto de 2010

Conviver.

Conviver com alguém normalmente é algo um tanto complicado, exige, acima de tudo, a vontade de fazer tudo dar certo e isso significa ter vontade de aprender a exercer o respeito pelo espaço do outro.

Em algumas situações esse respeito deixa de existir, ele é anulado por excessos. Excesso de amor, de cuidados, de curiosidade. Para mim, esta é uma das piores formas de “falta de respeito”.
Imagine você, dividindo um espaço com alguém que você ama. Imagine que esse alguém também ama você. E imagine que por conta disso, esse alguém passa a fazer tudo, absolutamente tudo, em função do que você gosta, do que você precisa e simplesmente se anula e deixa de fazer coisas em seu próprio benefício, por insegurança, ócio ou qualquer outro motivo.
Muitas pessoas se sentiriam confortáveis em uma realidade assim, para mim, esses são os egoístas.
Na verdade, acho que uma situação como essa é totalmente sufocante, principalmente por que alguém que “se doa” desta maneira, mesmo que muito intimamente, sempre espera uma retribuição no mesmo nível, o que dificilmente acontece. Diferente de quem convive amando de um jeito natural e tem mais chances de receber uma resposta positiva, o que na verdade não passa de uma reação também natural.

Levei muito tempo para entender tudo isso, mas agora que entendo sei o que alguns sentiram em tempos passados e realmente espero que os que fazem parte deste presente, consigam um dia compreender a necessidade de amar e viver com liberdade.

Ótima semana!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Agosto

Sim amigos, as férias acabaram o que para mim é uma enorme satisfação já que o mês de julho nunca me interessou muito...
Apesar de coisas boas terem rolado durante esses 31 dias de sol escaldante (e isso inclui trabalho) posso afirmar que no fim das contas nada mudou (com excessão do trabalho, rs).
Para falar a verdade, essa ausência de novidades que eu estava jurando por qualquer coisa que não aconteceria foi o que me deixou, digamos, totalmente sem graça.
Acho que o nome disso é frustração.

Tirando essa parte chata, tem mais um semestre na UFPA chegando e isso significa (além de aborrecimentos e muito trabalho) que a formatura está mais próxima, que vou me divertir (muito) com aqueles malucos da turma de 2008 e que vou me sentir útil antes de ficar de férias de novo... aff
Deus, estamos no 6° semestre?!?!
Amém!!!!

Boa semama =]

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Cadê a mamãe?"

Agora já são seis meses!
E a cada dia, sempre mais lindo e mais fofo, o "pequeno" Lucas me ensina o valor das coisas simples e me da provas de que o amor existe mesmo.
A dois dias, por exemplo, ele me mostrou que a frase "cadê a mamãe?" pode ser a coisa mais divertida do mundo... rsrsrs



No vídeo:
- Lucas (a coisinha fofinha usando fraldas )
- Maria (vovó coruja com o moleque no colo)
- Lu (tia babona fazendo piada para o garotinho risonho)

P.s.: reparem nos pezinhos (que parecem pequenas almofadas) frenéticos que gostariam de sair pulando de alegria a cada novo "cadê a mamãe?", rsrs

Bom fim de semana!!!

Rebekka.


domingo, 18 de julho de 2010

O Fotógrafo - Douglas Kennedy

Hoje, o que tenho a dizer refere-se ao mais recente título que terminei de conhece após alguns dias de leitura que pareciam não ter fim.
“O Fotógrafo” (The Big Picture - 1997) é um romance escrito por Douglas Kennedy, nascido em Manhattan, 1955.


O livro é dividido em três partes que contam as loucas etapas da vida de Ben Bradford, advogado bem – sucedido de Wall Street, casado com Beth e pai de dois filhos.
Como a maioria de nós Ben Bradford tinha um sonho, ser fotógrafo. Este, porém, não pode ser concretizado por conta da reprovação do pai, um advogado rico, que acreditava que isto seria, além de uma vergonha perante a sociedade da época, uma carreira sem futuro, sem retornos financeiros.
Acatando as ordens do pai e sem condições financeiras de dedicar-se à luta pela realização de seu sonho, Ben entrou para uma excelente universidade e tornou-se doutor em Direito, sendo sustentado pelo pai até concluir esta etapa. E assim nasceu um advogado rico, sócio de um importante escritório de Nova York que adotou a fotografia como uma simples distração e mais um bom motivo para gastar dinheiro.
Nos tempos de faculdade, mantinha uma relação apaixonada com Beth, mulher bonita e inteligente que sonhava em ser escritora, não ter filhos e não ter um casamento oficial. Diferente de Ben, esta mulher persistiu na idéia de tornar-se uma artista.
Sua idéia de felicidade encontrou as primeiras dificuldades quando em uma linda noite, o casal arrancou as roupas após algumas garrafas de vinho e concebeu o primeiro filho, Adam e depois de alguns poucos anos, o segundo, Josh.
Durante este período, Beth pode dedicar-se a tentativa de publicar um dos seus romances, sempre incentivada por Ben, que garantia a vida da família com sua carreira lucrativa, não tendo êxito em nenhum de seus livros.
Com os dois extremos dividindo o mesmo teto (o fracasso total de Beth e o sucesso na carreira de Ben), tem-se uma crise insuperável no casamento.
O fato mais importante é quando em um momento de loucura, resultante de uma rotina estressante e de tentativas consecutivas e inúteis de salvar um casamento, Ben descobre estar sendo traído pela esposa e mata Gary (vizinho da família e amante de Beth).
Gary é um homem arrogante e detestável que apesar de seus defeitos possui o ponto fundamental em comum com a fracassada e deprimida Beth: não desistiu da vida artística por uma carreira vantajosa. Coincidentemente, sonhava e trabalhava loucamente na tentativa de ser um fotógrafo famoso.
O resultado disso foi a sua morte e a curiosa inversão de papeis cuidadosamente planejada pelo seu assassino: Ben Bradford.


Tenho que confessar que inicialmente achei a história tediosa, sem graça e comum. Cheia de detalhes técnicos, como milhões de marcas e modelos de máquinas fotográficas, que só deixavam tudo mais lento.
Entretanto, os conflitos pessoais de Ben Bradfort começam a ser interessantes quando ele perder o controle, o que parece fazer com que todos a sua volta sintam o mesmo, como sua esposa. O personagem central consegue ser um homem deprimido e apavorado e ao mesmo tempo ter uma clareza de raciocínio fora do comum. Consegue a partir do maior erro de sua vida realizar sonhos. São contradições que tornam tudo muito melhor.
Douglas Kennedy consegue relacionar personagens com personalidades e idéias de felicidade e realização totalmente diferentes de uma maneira muito real.
Além do fato de autor me deixar muito curiosa para saber o que Ben estaria planejando para o dia seguinte, gostei principalmente de não ser um romance depressivo e meloso, tem senso de humor, ironias cômicas e muito sarcasmo. Apesar de não ser o melhor livro que já li, recomendo a todos que não estejam planejando matar alguém.
Então é isso...

Ótima semana e até qualquer dia...

Rebekka Samson.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

É assim.

Eu gosto de sinceridade, eu gosto de verdades, mesmo que sejam aquelas um tanto dolorosas.
Estou feliz agora por saber o que acontece na mente de alguns importantes pra mim (e aborrecida por saber o que passa na mente de outros tão importantes quanto).
Estou bastante satisfeita por obter respostas de um jeito tranquilo. Respostas positivas.
Agora, eu tenho mais desejos, a satisfação geralmente é momentânea.
Mais do que de verdades, eu gosto do tempo, não necessariamente um tempo longo, mas sim um tempo repleto de qualidade. Um tempo que tenha o tamanho que deva ter e que me deixe boas recordações, mesmo que seja muito breve.
O "infinito" em qualquer tipo de relação pessoal é uma coisa um tanto cansativa, clichê e ironicamente sem futuro.
O que eu quero é viver cada etapa, cada pequeno momento, sempre com calma e cuidado, e quando sentir a necessidade, dizer um "até logo..." e assim fazer nascer uma amizade.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dúvidas

São as piores coisas pra mim. Quase uma tortura. O que eu preciso são respostas.

domingo, 11 de julho de 2010

O fim de semana.

Hoje, vou tentar resumir o fim de semana que vou levar um tempo pra esquecer.
Como todos sabem, coisas estranhas, inéditas e injustificáveis acontecem comigo a qualquer hora de dia. Porém, quando tento não ficar absolutamente entediada em um fim de semana calorento como este (que graças a forças divinas está acabando), as chances de coisas “obscuras” acontecerem aumentam exponencialmente.
Meu fim de semana foi contemplado por situações atípicas que estão especificadas abaixo:

Sábado:
Sair com a Larissa (amiga, irmã, camarada) para uma volta de carro com a Andréa (prima insana que não sabe dirigir).
Até ai, tudo bem, tudo normal. Mas tudo muda quando o dito passeio termina com uma inocente visita a um membro da família, no bairro da Marambaia, às 22h, sem energia elétrica e sob ameaça de ataque por quatro feras sanguinárias (4 feras sanguinárias = 4 vira – latas descontrolados no escuro).

Domingo:
Dia normal, onde (ainda com a Lari) limpamos o quarto, hidratamos os cabelos, conversamos sobre coisas comuns (a vida alheia) e no fim do dia cada uma voltou para casa para uma nova semana...
Até que, no fim da noite me senti a criatura mais ignorada do planeta por motivos desconhecidos em um papo estranho e desconfortável.

Resumo da ópera:

CARA DE IDIOTA PARA INICIAR A SEMANA.



Fico emocionada quando essas coisas acontecem...
Boa semana e até a próxima (sem surpresas, por favor).

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quase...

Sempre que fazemos uma escolha, temos que abrir mão de alguma coisa. Isso é fato. 
Algumas vezes, somos muito criteriosos, por tratar-se de uma decisão que julgamos importante.
Algumas vezes também, somos criteriosos demais, mas vemos isso como uma maneira de sermos responsáveis.
Entretanto, todo tipo de excesso, pode fugir de nosso controle e tornar-se medo, que em alguns momentos pode nos privar de coisas que poderiam ser boas.
Mas, sempre chega o momento em que temos que enfim tornar, o que levamos tanto tempo para escolher, uma realidade.
Complicado é quando você sente que não tem mais motivos para não concretizar tudo aquilo e mesmo assim fica sem ação, mesmo vendo que o melhor momento está acabando.


domingo, 20 de junho de 2010

19 de junho

Um dia legal que comemoro desde 1990... rs
Obrigada a todos que comemoraram comigo, que me desejaram coisas boas e que não só nesta data, mas sim durante todos os dias do ano, ficam ao meu lado até quando não estão realmente presentes... e acreditem que isso é absolutamente possivel.

Boa semana!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Minas com Bahia"

"Sacudir estrelas
Despertar desejos
Numa noite fria
Uma noite fria
Uma noite fria...

(...)

Sacudir o mundo
Procurar no fundo
O que leva um dia
Até outro dia
Até outro dia...

Uma horas dessas
E você tão só
Eu fiquei com dó
Eu só disse ó
Eu te quero muito bem..."



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Se não for assim...

Fim do semestre na UFPa, falta de tempo, mil coisa para pensar, fazer, escrever, resolver e entender.
E o melhor resultado sempre aparece quando conseguimos a tão sonhada organização a ponto de realizar as cinco tarefas simultâneamente e harmonicamente.
Mas nem tudo é tão ruim assim, pior seria uma vida inútil, sem graça, sem metas... seria triste viver assim, certo?


Espero que a semana de vocês seja lotada, cansativa e muito, muito, muito produtiva... rsrsr

Beijo, até mais.

domingo, 23 de maio de 2010

Melo, R.

Contar segredos, brigar as vezes, dizer verdades, ouvir absurdos e desculpar sempre.
Conhecer o humor, o olhar e as reações e ainda assim supreender a cada dia.
Cuidado, preocupação, carinho e admiração.
Cotidiano, irritação, paciência e telefone de madrugada.
Sinceridade, colo, confiança e amor.
Tempo, tempo, tempo...
Amizade sempre!

sábado, 15 de maio de 2010

Lucas


Três mêses de fofura... rsrs

quarta-feira, 12 de maio de 2010

?

É estranho saber que quem acreditei ser "o melhor" talvez não seja tão bom assim. Entretanto, é legal perceber que o que parecia "não ser tão bom assim" na verdade é insubstituível.
Acho que por essa certeza eu não esperava, mas no fundo eu sempre soube.

Te amo muito.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ai...

A pior parte de tomar um porre numa noite de farra é o dia seguinte. Você pode ter a certeza de que será o dia da dor de cabeça, não só pela ressaca, a dor física propriamente dita, mas também pela dor que sentimos ao lembrarmos que junto com um porre com os amigos sempre vem um vexame com os amigos, em um local público e com pessoas que você não conhece.
É isso que alguns chamam de "ressaca moral", algo que infelizmente não passa com um Dorflex e que será lembrado à você por seus queridos amigos ou pela sua amada consciência por um longe tempo.
O detalhe é saber que a ressaca moral nem sempre vem por conta de um excesso alcoólico, principalmente por que existem alguns momentos em nossas vidas estranhas que não precisamos ingerir nem mesmo uma gota de álcool para conversarmos com postes, chorarmos incontrolavelmente, fazermos ligações desastrosas e incovenientes de madrugada, tropeçarmos nas próprias pernas em plena via pública e, principalmente, abrirmos a boca para falarmos muitas coisas, inclusive as que deveriam permenacer em segredo.
Pior ainda é quando fazemos isso pela primeira vez, e pela primeira vez sentimos o gosto amargo da vergonha de nós mesmos e o desejo insaciável de virar fumaça... 
Como estudante de Engenharia Química espero um dia descobrir uma fórmula mágica de efeito imediato que possa salvar pessoas que apenas passaram por um momento de desespero e depois voltaram a si, com a sensação de "eu não deveria ter saído de casa ontem".

Sem mais, espero que todos tenham uma ótima semana, sem ressacas físicas, morais ou qualquer outro tipo de dor de cabeça.

Beijo, beijo, até a próxima.

sábado, 20 de março de 2010

Seu Jorge.

"(...) então vem, vamos viver a vida, meu bem, se não eu vou perder quem sou, vou querer me mudar para uma life on Mars (...)"










(trecho da trilha sonora da semana, beijo em vocês e boa semana).

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lucas.

Depois de muitas luas, finalmente resolvi tirar a poeira deste espaço que ficou por um tempo de lado, felizmente por uma boa causa.
Estive um tempo na frenética e apaixonante São Paulo e conhecer o lugar que fará parte de um futuro próximo foi importante.
Porém, não foi exatamente esta construção de planos futuros que me levou até lá.
Algo realmente novo e especial estava esperando, e eu, no papel que me foi "dado" como um grande presente, não poderia deixar de acompanhar tudo desde o primeiro suspiro.
Sim, o Lucas nasceu.
Não, eu não sou a mãe mas sim, eu sou a madrinha! rsrs


Foi emocionante ouvir o chorinho pela primeira vez, dar o primeiro banho, passar umas boas e muito longas noites em claro e ver ele cresce e ficar mais bochechudo a cada novo dia.
Até mesmo a saudade (que, ao menos em mim, costuma doer), valeu muito a pena.
O que eu sinto agora é um amor diferente, é uma novidade que é difícil explicar e a única certeza que eu tenho é que isso tudo faz parte de mim, dos meus pensamentos e objetivos, da minha rotina e do meu coração, que vibra por qualquer nova conquista e chora um pouquinho por qualquer febrezinha... rs
Bem, nas próximas postagens apresento um pouquinho mais...rsrs
Beijos, beijos e até...










quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"A cidade do sol"

Nos últimos dias estive pensando no que escreveria aqui hoje, talvez por isso tenha demorado tanto para fazer a tal atualização. Optei então por falar do que acabei de ler, há alguns minutos atrás.
Trata-se de “A cidade do sol” de Khaled Housseini (traduzido por Maria Helena Rouanet), o famoso autor afegão de “O caçador de pipas”. Para quem conhece alguma das obras de Housseini não existem novidades quanto sua capacidade em expressar suas tristes verdades.
De fato, para mim, seus livros são verdadeiramente tristes e são absolutamente capazes de nos levar para um mundo absurdo e nem um pouco fantasioso. E é exatamente no ponto que une o absurdo à realidade de suas palavras, que o autor estabelece a relação com seus leitores.
“A cidade do sol” conta a vida de duas meninas no Afeganistão, Mariam e Laila. Fala sobre pobreza, a vida sofrida de mulheres afegãs marcada por opressão e preconceitos, bem como de seus filhos, a guerra que acompanhamos pela televisão há poucos anos, os bombardeios em Cabul, a desgraça estabelecida pelo Talibã e, como não poderia faltar em um drama, fala sobre amor.




Em resumo, as vidas de Mariam e Laila se encontram quando estas passam a ser esposas do mesmo homem, ainda muito jovens, e consequentemente passam a sofrer as mesmas agressões por motivos fúteis e machistas, e criam seus filhos com o mesmo medo, embora não tenham o mesmo final.
Mas, para mim, o ponto importante em tudo que eu acabei de ler está na capacidade que alguém pode ter em se dedicar a outra pessoa, principalmente em situações extremas, exibida a cada nova página. Ou ainda, o respeito que se pode ter pelos sonhos e pelos esforços de alguém que não lutou apenas pela própria sobrevivência, mas que ainda conseguiu sonhar sonhos que não eram seus e se dedicar a realizá-los junto aos seus, por amor e gratidão.
Indico a leitura, para passar o tempo, para conhecer elementos de uma cultura muito diferente e para pensar em valores que hoje são quase românticos demais, mas que ainda existem, mesmo que só em situações extremas, na maioria das vezes. Afinal, fugir da realidade não combina tanto com essa postagem.
Durante o livro são citados muitos trechos do Corão e de poemas de autores também afegãos, escolhi para encerrar o que tenho a dizer hoje a última citação, que é um trecho do poema preferido do personagem Zaman:


“José há de voltar a Canaã, não se lamente,
Cabanas vão se tornar jardins de rosas, não se lamente.
Se as águas chegarem destruindo tudo que vive,
Noé será seu guia em meio à tempestade, não se lamente.”


(Hafez)







P.s: gostei de saber que existem pessoas lendo o que venho escrevedo aqui (mesmo que nem todas deixem seus comentários) e espero que isso continue. Aceito as sugestões, as críticas e os comentários também. Estou gostando disso aqui...rsrs

Beijo pra vocês e até a próxima postagem.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

...

Os momentos legais da minha vida (e os chatos também) sempre foram marcados por músicas.
Acredito que isso seja algo muito comum, sempre existe, naquela hora triste ou muito feliz, uma trilha sonora que magicamente parece ter sido escrita exatamente para o momento que está sendo vivenciado.
Particularmente, isso me anima, por que até quando o momento é horrível, a música sempre ameniza, rsrs.
Pois bem, segue a trilha da semana e antes mesmo que pensem que estou naquelas horas que só o álcool ou muito chocolate consolam, estão enganados... 
O detalhe é que a minha sensibilidade estranha é incurável, assim como a minha falta de imaginação para músicas... 
Mas, sinceramente, não acho que isso seja um problema, já aprendi a manter o controle.
A composição é do infernal e muito querido Nando Reis em parceria com a Ana Cañas.


PRA VOCÊ GUARDEI O AMOR

Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar





sábado, 2 de janeiro de 2010

Pra começar:

Para o primeiro dia do ano, a primeira postagem...
Antes de qualquer besteira, feliz 2010 a todos vocês. Realmente espero que este seja um ano de muitas realizações, todos nós estamos precisando, acredito eu.
Após minhas saudações para um novo ano, quero apresentar o meu espaço. É muito simples...
Criei isso aqui para escrever (e para ler o que escrevem) sobre o que estiver em questão. Seja na minha vida, talvez na vida de alguém ou em algum lugar do mundo.
Assunto, provavelmente não faltará.
O prazer foi todo meu!