terça-feira, 4 de maio de 2010

Ai...

A pior parte de tomar um porre numa noite de farra é o dia seguinte. Você pode ter a certeza de que será o dia da dor de cabeça, não só pela ressaca, a dor física propriamente dita, mas também pela dor que sentimos ao lembrarmos que junto com um porre com os amigos sempre vem um vexame com os amigos, em um local público e com pessoas que você não conhece.
É isso que alguns chamam de "ressaca moral", algo que infelizmente não passa com um Dorflex e que será lembrado à você por seus queridos amigos ou pela sua amada consciência por um longe tempo.
O detalhe é saber que a ressaca moral nem sempre vem por conta de um excesso alcoólico, principalmente por que existem alguns momentos em nossas vidas estranhas que não precisamos ingerir nem mesmo uma gota de álcool para conversarmos com postes, chorarmos incontrolavelmente, fazermos ligações desastrosas e incovenientes de madrugada, tropeçarmos nas próprias pernas em plena via pública e, principalmente, abrirmos a boca para falarmos muitas coisas, inclusive as que deveriam permenacer em segredo.
Pior ainda é quando fazemos isso pela primeira vez, e pela primeira vez sentimos o gosto amargo da vergonha de nós mesmos e o desejo insaciável de virar fumaça... 
Como estudante de Engenharia Química espero um dia descobrir uma fórmula mágica de efeito imediato que possa salvar pessoas que apenas passaram por um momento de desespero e depois voltaram a si, com a sensação de "eu não deveria ter saído de casa ontem".

Sem mais, espero que todos tenham uma ótima semana, sem ressacas físicas, morais ou qualquer outro tipo de dor de cabeça.

Beijo, beijo, até a próxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredite: tombos (ou ressacas, o que sejam) estão lá para nos mostrar o quanto estavamos vivos e em última análise o quanto temos o pontêncial dentro de nós para nos apaixonarmos.

Assim, vendo-nos constrangidos com as próprias trapalhadas ao nos pormos em situações cuja quais nunca nos colocariamos não estivessemos ébrios de paixão, nos constrangímos.

Quando deveríamos aproveitar o amor explodindo dentro de nós aquém do amor esperado dos outros.